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Publicada por
José Carlos Sousa
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Os membros do grupo foram para a Serra da Estrela, no dia anterior ao da caminhada, para aproveitar a viagem, fomentar o convívio e para preparar minimamente a caminhada, visto que não foi feito o reconhecimento prévio.
Com partida de Ermesinde e ponto de encontro na estação de serviço em Antuã, percorremos um itinerário que nos levou ao Museu do Pão em Seia, Sabugueiro, Lagoa Comprida e à Torre. No Museu do Pão cada um pagou um bilhete de criança, pois o grupo ainda não tem 5 anos, e tivemos direito a uma visita guiada interessante com prova de pão no final. Na fotografia de grupo sugeri que atirassem farinha para simular neve e quando aceitaram olhei desconfiado até sentir que era neve artificial! No Sabugueiro destacou-se a ginja de amora. Na Lagoa comprida o primeiro contacto com uma espécie de neve que caiu enquanto a percorríamos. Para finalizar, na Torre que não vi, destacou-se as provas de queijo (por vezes presunto) a que fomos sujeitos. Passei em todas elas sem comprar!
Chegamos à Pousada da Juventude das Penhas da Saúde. Fomos ver onde começava o percurso. Jogamos ténis de mesa e matraquilhos. Jantamos Frango à Serrana. Jogamos ténis de mesa e matraquilhos. Cantamos os parabéns ao Sérgio. Jogamos ténis de mesa e matraquilhos. Bebemos na pousada e num bar das redondezas. Fui visitar os quartos da parte nova, que recomendo, mas dormi numa camarata, isto é como ir a uma marisqueira e comer frango. Conhecemos o Pantufa... e não! Não estávamos bêbedos.
Na manhã seguinte partimos da pousada e mesmo com o nevoeiro e com a possibilidade de chuva, ninguém se "cortou". Só pode ser porque as facas cortavam mal! O Pantufa juntou-se a nós e fomos em direção ao lago do Viriato envolto num "noboeiro", uma espécie de nevoeiro, onde ninguém queria apanhar.
Percorremos cerca de um terço do mesmo, mesmo a tempo de ver o nevoeiro se dissipar e o lago mostrar toda a sua beleza. Resolvemos tirar ai a nossa foto de grupo, fotógrafo e Pantufa não incluídos.
Convém referir que este percurso não é marcado, embora se encontrem pelo caminho alguns mariolas, deixados por algum gigante com problemas de digestão. Fizemos o percurso recorrendo a um GPS com o trilho previamente carregado, mas de notar que percorremos um planalto. O percurso é em forma de quadrado, do lago fomos em direção ao marco geodésico, depois viramos à esquerda e ladeamos a sua escarpa (primeiro Vale de Alforfa e a seguir Vale das Cortes) até avistar um estradão em terra. Deixamos esse estradão mesmo antes de cruzarmos a ribeira do Vale de Areia (em cima avista-se um hotel) e subimos até encontrar casas que nos levam ao inicio do percurso.
Onde íamos?! Ah! a subir em direção ao marco geodésico... O lago ficava para trás e nós embrenhávamos na vegetação rasteira pintada com cores de primavera. O imenso verde, o amarelo das giestas, o violeta das urzes e o branco do... Pantufa!
Continuávamos a subir, sem nunca esquecer o Viriato que com as cores que agora vestia, mais parecia o José Castelo Branco.
Chegamos ao marco geodésico. Embora fizesse parte do trilho alternativo achamos que merecia uma visita. Ficamos encantados com a sua hospitalidade... por entre nevoeiro do tipo pisca-pisca, lá nos serviu uma deliciosa mista: lagoa, maciço, montanhas, vale, pedra e vegetação.
Quando descemos, já o Pantufa tinha conseguido o que pretendia, comer qualquer coisa deliciosa, e com a barriga cheia já não fazia sentido continuar a acompanhar o grupo. Despediu-se com uns latidos a mostrar a sua satisfação e volta para esperar pelo próximo grupo. Só espera comer mais cedo!
Agora percorríamos de perto, a escarpa do Vale da Alforfa. Numa navegação bicéfala entre mim e o Sérgio, imunes aos inúmeros "bitaites" que foram surgindo. Passamos Cascalvo, Alto de Pedrice e Cascalheira do Alto de Pedrice sem termos a certeza do que seriam. Inventamos justificações lógicas, mas fomos avisando que não tínhamos a certeza.
Antes de chegarmos à Varanda dos Pastores, ainda o tempo estava estável, houve tempo para subir numa daquelas grandes cenas do gigante... A subida do trio foi fácil, já a descida para alguns foi um problema, mas os voluntários apareceram como pipocas. Ainda disse em alta voz "Se fosse eu, ficava ai para sempre!". Ninguém pestanejou!
As condições deterioraram-se drasticamente, mostrando que o clima nas montanhas é muito incerto, nada que não estivéssemos avisados. Uma mistura de nevoeiro, chuva e neve forte. Na Varanda dos Pastores não se via nada, tinham feito uma marquise com vidro fosco. Resolvemos, com oposição de uma ou outra pessoa, comer mesmo ali pois era necessário repor energia para terminarmos a metade que faltava percorrer.
Quando deixamos a varanda, o mau tempo, nevoeiro incluído também nos deixou. Percorríamos agora perto da escarpa sobre o Vale das Cortes. E a vista era de cortar a respiração.
Cada aglomerado de pedras servia para rever, de um novo ângulo, toda a beleza do vale e da paisagem envolvente.
Ao descermos erraticamente pelo meio da vegetação, tornou-se uma agradável surpresa. Principalmente, quando numa das ocasiões ficamos todos cobertos pela mesma. Inesquecível. O Rodrigo que antes estava renitente, agora afirmava-me "Esta é a minha melhor caminhada. É mesmo divertido caminhar sem marcação e partir à descoberta"
Chegamos ao estradão. Continuamos convictos que era o caminho direto para o inicio do percurso.
Quando chegamos à ribeira do Vale da Areia, tivemos dúvidas, pois o estradão continuava para lá da ribeira.
Do outro lado da ribeira avistava-se um hotel no cimo da montanha. Tínhamos que subir, mas pelo lado de cá da ribeira, sem nunca a atravessar.
Mesmo quase a chegar ao cimo da montanha, a neve voltou em força...
... mesmo muita força, mas sabem que mais? Foi maravilhosa! E vimos novamente o Pantufa que brincava indiferente à quantidade de neve que caía.
Com partida de Ermesinde e ponto de encontro na estação de serviço em Antuã, percorremos um itinerário que nos levou ao Museu do Pão em Seia, Sabugueiro, Lagoa Comprida e à Torre. No Museu do Pão cada um pagou um bilhete de criança, pois o grupo ainda não tem 5 anos, e tivemos direito a uma visita guiada interessante com prova de pão no final. Na fotografia de grupo sugeri que atirassem farinha para simular neve e quando aceitaram olhei desconfiado até sentir que era neve artificial! No Sabugueiro destacou-se a ginja de amora. Na Lagoa comprida o primeiro contacto com uma espécie de neve que caiu enquanto a percorríamos. Para finalizar, na Torre que não vi, destacou-se as provas de queijo (por vezes presunto) a que fomos sujeitos. Passei em todas elas sem comprar!
Chegamos à Pousada da Juventude das Penhas da Saúde. Fomos ver onde começava o percurso. Jogamos ténis de mesa e matraquilhos. Jantamos Frango à Serrana. Jogamos ténis de mesa e matraquilhos. Cantamos os parabéns ao Sérgio. Jogamos ténis de mesa e matraquilhos. Bebemos na pousada e num bar das redondezas. Fui visitar os quartos da parte nova, que recomendo, mas dormi numa camarata, isto é como ir a uma marisqueira e comer frango. Conhecemos o Pantufa... e não! Não estávamos bêbedos.
Na manhã seguinte partimos da pousada e mesmo com o nevoeiro e com a possibilidade de chuva, ninguém se "cortou". Só pode ser porque as facas cortavam mal! O Pantufa juntou-se a nós e fomos em direção ao lago do Viriato envolto num "noboeiro", uma espécie de nevoeiro, onde ninguém queria apanhar.
Percorremos cerca de um terço do mesmo, mesmo a tempo de ver o nevoeiro se dissipar e o lago mostrar toda a sua beleza. Resolvemos tirar ai a nossa foto de grupo, fotógrafo e Pantufa não incluídos.
Convém referir que este percurso não é marcado, embora se encontrem pelo caminho alguns mariolas, deixados por algum gigante com problemas de digestão. Fizemos o percurso recorrendo a um GPS com o trilho previamente carregado, mas de notar que percorremos um planalto. O percurso é em forma de quadrado, do lago fomos em direção ao marco geodésico, depois viramos à esquerda e ladeamos a sua escarpa (primeiro Vale de Alforfa e a seguir Vale das Cortes) até avistar um estradão em terra. Deixamos esse estradão mesmo antes de cruzarmos a ribeira do Vale de Areia (em cima avista-se um hotel) e subimos até encontrar casas que nos levam ao inicio do percurso.
Onde íamos?! Ah! a subir em direção ao marco geodésico... O lago ficava para trás e nós embrenhávamos na vegetação rasteira pintada com cores de primavera. O imenso verde, o amarelo das giestas, o violeta das urzes e o branco do... Pantufa!
Continuávamos a subir, sem nunca esquecer o Viriato que com as cores que agora vestia, mais parecia o José Castelo Branco.
Chegamos ao marco geodésico. Embora fizesse parte do trilho alternativo achamos que merecia uma visita. Ficamos encantados com a sua hospitalidade... por entre nevoeiro do tipo pisca-pisca, lá nos serviu uma deliciosa mista: lagoa, maciço, montanhas, vale, pedra e vegetação.
Quando descemos, já o Pantufa tinha conseguido o que pretendia, comer qualquer coisa deliciosa, e com a barriga cheia já não fazia sentido continuar a acompanhar o grupo. Despediu-se com uns latidos a mostrar a sua satisfação e volta para esperar pelo próximo grupo. Só espera comer mais cedo!
Agora percorríamos de perto, a escarpa do Vale da Alforfa. Numa navegação bicéfala entre mim e o Sérgio, imunes aos inúmeros "bitaites" que foram surgindo. Passamos Cascalvo, Alto de Pedrice e Cascalheira do Alto de Pedrice sem termos a certeza do que seriam. Inventamos justificações lógicas, mas fomos avisando que não tínhamos a certeza.
Antes de chegarmos à Varanda dos Pastores, ainda o tempo estava estável, houve tempo para subir numa daquelas grandes cenas do gigante... A subida do trio foi fácil, já a descida para alguns foi um problema, mas os voluntários apareceram como pipocas. Ainda disse em alta voz "Se fosse eu, ficava ai para sempre!". Ninguém pestanejou!
As condições deterioraram-se drasticamente, mostrando que o clima nas montanhas é muito incerto, nada que não estivéssemos avisados. Uma mistura de nevoeiro, chuva e neve forte. Na Varanda dos Pastores não se via nada, tinham feito uma marquise com vidro fosco. Resolvemos, com oposição de uma ou outra pessoa, comer mesmo ali pois era necessário repor energia para terminarmos a metade que faltava percorrer.
Quando deixamos a varanda, o mau tempo, nevoeiro incluído também nos deixou. Percorríamos agora perto da escarpa sobre o Vale das Cortes. E a vista era de cortar a respiração.
Cada aglomerado de pedras servia para rever, de um novo ângulo, toda a beleza do vale e da paisagem envolvente.
Ao descermos erraticamente pelo meio da vegetação, tornou-se uma agradável surpresa. Principalmente, quando numa das ocasiões ficamos todos cobertos pela mesma. Inesquecível. O Rodrigo que antes estava renitente, agora afirmava-me "Esta é a minha melhor caminhada. É mesmo divertido caminhar sem marcação e partir à descoberta"
Chegamos ao estradão. Continuamos convictos que era o caminho direto para o inicio do percurso.
Quando chegamos à ribeira do Vale da Areia, tivemos dúvidas, pois o estradão continuava para lá da ribeira.
Do outro lado da ribeira avistava-se um hotel no cimo da montanha. Tínhamos que subir, mas pelo lado de cá da ribeira, sem nunca a atravessar.
Mesmo quase a chegar ao cimo da montanha, a neve voltou em força...
... mesmo muita força, mas sabem que mais? Foi maravilhosa! E vimos novamente o Pantufa que brincava indiferente à quantidade de neve que caía.
Por simpatia da pousada, trocamos de roupa, uns seguiram pela Covilhã, nós seguimos pela Torre e fomos presenteados com um manto branco e no Sabugueiro compramos queijos e afins e fomos presenteados com todo o tipo de bebida, ginja de amora incluída.
Abraços e beijinhos a todos os participantes que me proporcionaram uma das melhores caminhadas em que participei. Uma aventura inesquecível!
Mais Informação:
- Percurso: Na senda dos Pastores
- Local: Penhas da Saúde (Covilhã)
- Partida/Chegada: Pousada Juventude de Penhas da Saúde
- Tipo: Circular
- Distância: 12.5 km
- Duração: 4,5 horas
- Grau: Médio/Alto
- Sinalização: Nenhuma
- Pontos de Água: 2
- Exposição Solar: Alta
- Pontos de Interesse: Miradouro do Cascavalho, Alto da Pedrice, Cascalheira do Alto da Pedrice, Varanda dos Pastores
- Participantes: Sérgio, Francisco, Dores, Carla, Carlos, Eduardo, Cristina Moreira, Pinheiro, Gabriel, Cristina Castro, Sofia, Rodrigo, Mikhaela, Mikhail, Anastasya, Pedro, Julieta, Vítor, Catarina, Mário Rocha, Joana, Manuel Silva, Paulo, Rosário, Alexandra, Sérgio Silva, Catarina Antunes, Domingos, Julita
- Dicas: Água, roupas adequadas às condições atmosféricas, bastão, botas, Chapéu, Protector Solar
- Mapa: Aqui
- Organização: Solas Rotas
- Outras informações: Câmara Municipal da Covilhã, Turismo Serra da Estrela
- Mais trilhos: Aqui
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